segunda-feira, 3 de julho de 2023

Qual foi a surpresa?

 Da noite passada lembro da minha amiga dizer que você ficou “sem brilho”.

Mas eu não entendi o porque. 

Qual foi sua surpresa? 


Não achei que fosse novidade pra você que eu sempre acreditei em tudo que me falava.


Quando olhou nos meus olhos na noite de sábado e me falou que estava gostando de mim e repetiu isso no domingo pela manhã.

Quando numa quarta as 18h me tirou de casa, porque estava com muita saudades.

Também acreditei quando me apresentou como namorada para os seu amigos e seu pai.

Acreditei no convite para Ilha Bela. Acreditei na sua frase “A nossa história está apenas começando”…

E também acreditei quando invadiu o chuveiro e me disse que não tinha naquele momento homem mais feliz que você nesse mundo. 


Eu acreditei em tudo! 


Então porque a surpresa? 


Se foi você que me falou também que na vida existem pessoas legais e pessoas escrotas e que você era um escroto!!

Se foi você que me sugeriu sermos amigos e que ali apesar de ser “seu estabelecimento” podíamos cada um fazer e ficar com quem bem entendesse? 

Foi você também que falou de forma bem clara que NUNCA quis compromisso e na sequência corrigiu, dizendo que “antes” já era muito tempo. 


Eu sempre acreditei no que você me disse.


O seu maior erro foi não acreditar no que EU falei.


Eu não menti quando falei que com você estava sendo diferente.

Não respondi que gostava de você na hora, fiquei em silêncio. Mas sai da minha casa durante a semana pra ir te ver.

Também sai do trabalho e fui te encontrar no seu bar sozinha sem saber o que poderia acontecer e sem conhecer mais ninguém além de você.


Eu também não menti quando disse que doeu.

Não menti quando avisei que também sabia ser filha da puta.

Você não ouviu, mas eu falei chorando na sala do seu apartamento que doía te ver com alguém. E que se fosse assim eu também poderia fazer e você me respondeu com um “Tudo bem. Fazer o quê?!”


E eu fiz! 


Então qual foi a surpresa?


Se eu sempre acreditei em você!

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

E vendo você o coração parece que vai saltarPelo meu corpo, saudade em todo lugarE eu sem disfarçar te como com meu olharFoi bom demais, não tinha que acabarMeu bem, quando eu te vi, tudo voltou … 🎶


sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Ontem…



Ontem foi a festa do meu lugar favorito no mundo. 


Eu já havia comprado o convite há meses e em meses muita coisa acontece.

Então, por mil motivos cheguei com o coração apertado e me lembrando que eu precisava soltar a respiração a todo momento.


O lugar era lindo e alguns rostos eu já conhecia. Já tinha visto o Pedro algumas vezes, mas não tinha o visto. Pensei que talvez ele preferisse chegar mais tarde e fazer uma entrada triunfal chamando toda atenção que ele gosta. A minha respiração já tinha normalizado e eu me sentia mais calma, entre uma cerveja e outra fomos conhecer a sala de tatuagens, e foi ai que eu lembrei que ele não estava “solto” na festa, porque ele tinha uma sala. 

Haviam diversos ambientes nesse evento e um deles era a sala de fotografias, onde ele e todo seu talento eram o foco.


Eu estava estranhamente calma ao entrar no corredor e ir em direção a sala de tatuagem que ficava ao lado da sala de fotografias.


E não foi surpresa esbarrar com ele no trajeto.


Como de costume passamos um pelo outro fingindo que não nos conhecíamos.


Sentada de costas para o tatuador e de frente para a porta, o Gab tornava a minha tatuagem realidade e entre risadas e pessoas que passavam lá fora o vi parado encostado na parede do corredor assistindo a cena. Eu o vi, ele viu que eu vi. Mas não consegui manter o olhar por muito tempo, sei lá, não fazia mais sentindo. Depois de longos meses, ontem, naquela festa, eu estava tentando manter outras coisas.


Era um entre e sai enorme naquela sala e assim que terminei minha tatuagem, minha amiga começou a dela. 


Enquanto eu esperava e assistia a sessão ao lado, senti alguém muito próximo, tão próximo que quase desafiava a lei da física em que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Quando olhei para o lado, lá estava ele com aqueles olhos verdes fixados em mim. 

Ele me olhava tão sério e tão dentro dos meus olhos que por um instante achei que ele pudesse estar lendo meus pensamentos, se eu estivesse tendo algum. 


O meu corpo gelou, mas ele não precisava saber. Se meu corpo me traísse com alguma cosquinha inconveniente eu morreria, mas não moveria um milímetro se quer. 


Mantive o olhar também nos olhos deles com a expressão mais serena que eu consegui. E o que deve ter durado segundos, pra mim foi o suficiente para ver de perto cada detalhe do seu rosto outra vez. 

Aquele momento poderia durar uma eternidade, eu estava começando a ficar confortável nesse “duelo”, se não fosse pelo timbre conhecido que invadiu o momento “Oi. Tudo bem?”

 



segunda-feira, 29 de agosto de 2022

16 de Abril

 Eu tenho uma amiga que quando o assunto é ele, ela sempre fala “Acho que essa história ainda não acabou…”


Bom, no dia 16 de Abril, dia em que fui começar a comemoração do meu aniversário, eu pensei o completo contrário.



Ele chegou e a cena se repetiu, minha amigas que ainda não o conheciam, mas sabiam da história, o reconheceram assim que ele pisou naquele bar. 


“Best, acho que ele chegou!”

“É ele ali?” 


Eu sabia que ele tinha chegado, mas isso não tornou a surpresa menor quando levantei o celular em direção ao meu rosto na tentativa de uma selfie e ele saiu logo atrás, sentado na mesa balcão com um amigo, ali bem atrás de mim. Tão atrás que ele saiu na minha selfie.


O resto da noite foi mais do mesmo. Ele quis mostrar que estava lá por muitas vezes e eu algumas vezes o deixei saber que estava observando todo seu desfile de ego misturado com charme. Outras vezes o ignorava e me concentrava apenas de um lado daquela noite. O meu aniversário.



A noite foi incrível, meu amigos estavam no meu lugar favorito de SP, no meu dia favorito do ano! 


E assim a noite foi finalizada, eu e meus amigos esperando a menina com a maquininha passar o cartão de cada um e ele e os meninos se arrumando para assistir o campeonato no telão.


Enquanto estava no Uber só pensava no quanto aquela situação era patética. Afinal eu o conhecia bem mais do que uma pessoa qualquer. Que finalidade aquilo tinha? 

Era só ego? 


O negócio era que se aquele era o meu bar favorito e eu não tinha nenhuma pretensão em parar de ir, eu tinha que me acostumar a ser ignorada e começar a ignorar também. 

Ele e todo o resto…

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022